quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O casamento do diabo

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O diabo escolheu Cotovias, cidade apropriada para acolhê-lo, diante da arte da usura daquela gente. Anunciou-se FH, trinta anos, com bela aparência, como sói acontecer. Dizia-se descendente de um sheik, e abandonara o país para casar. Queria a mistura das raças E para comprovar a opulência, FH patrocinava grandes festas no castelo alugado.
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Arrumou incontáveis sogros, e escolheu a mais bela filha, por quem se apaixonou. Conhecia a soberba de seu Presidente, mas ela lhe superava. Ao pressentir que seria trivial dominá-lo a senhora Mamute passou a lhe dar ordens, sem dó nem piedade. Bastava qualquer negativa, e lá vinha uma enxurrada de ofensas e desaforos. Milhares de presentes, e jóias ,e roupas, nada aplacava a obsessão de Mamute. Para ficar em paz, FH se viu obrigado a ajudar a família inteira. Enviou um irmão ao mercado, para comércio de tecidos; e outro abriria uma joalheria, eli mesmo, em Cotovias. Desse modo, lá se foi metade da fortuna. As festas continuavam, e o tesouro diminuia. FH passou a viver na esperança dos investimentos dos cunhados, mas qual nada: um naufragara com os tecidos, na Costa do Marfim. E o outro, perdera tudo, numa noite de cassino. Notas promissórias começaram a circular. FH planejou a fuga.

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