quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A fuga do diabo

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Enquanto na praça os credores combinavam as buscas, FH escapuliu pelos campos, até uma fazenda em Itaúnas, do festeiro Ignácio. Pediu-lhe que o abrigasse, até passar o contingente. Em troca concederia estupenda riqueza ao velho amigo.
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O plano era simples:
incorporaria numa senhora metida a economista, a filha do Iôdo; em seguida chegaria Ignácio para exorcizá-la, e assim ele adquiriria fama e dinheiro como recompensa.
Dito e feito. A filha de Iôdo começou a dar sinais histéricos, de onipotência. Apresentou-se Ignácio, e FH deixou aquele corpo, para azucrinar a vida da filha do
Zé Ney, rico coronel nordestino. Lá se viu a novel senhora embrulhada numa série de confusões. Zé Ney, já conhecedor da fama do exorcista, mandou chamá-lo, prometendo uma fortuna à salvação. Foi chegar Ignácio, e o demônio zarpou, livrando a inditosa dos males e da fama de sem-vergonha.
Ignácio gostou da idéia, e estava pronto para continuar a carreira, mas FH deu-lhe por encerrada. O "acolhedor" já estava devidamente pago:

Realizei estas "boas" ações porque salvaste meu couro. Ora estamos quites. Agora seguirei meu rumo, e espero não mais vê-lo, sob pena de te lançar no fogo dos infortúnios, também!
E lá se foi o demônio, a cumprir mais uma jornada, desta feita na alma da filha de Antas, o mais rico banqueiro de Cotovias. Apavorado, mas também consciente da capacidade de Ignácio, Antas solicitou à presidência da República que determinasse a vinda do mago ao seu reino. À contra-gosto, Ignácio foi guindado à presença da jovem.

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá!
Vim agradecer sua visita ao Borboletando e mais, agradecer por sutilmente me alertar que obra-prima tem hífen...rs
Volte sempre e um abraço!