Duras conjecturas

Salvo pelo gongo.
Não estou em luta.
Poderia, então, ser um pouco mais simpático,
isto é, se não fosse pedir demais a V. Exa?
Diga o que quer.
Trago um convite da costa nordestina, de Recife, precisamente da Praia da Boa Viagem.
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Quem a batizou foi o Amigo da Onça?
Ora, é um lindo recanto, altos prédios,
arrecifes na beira, e lindas garotas na areia.
E tubarões rondando. A viagem é tão boa que ninguém retorna mais.
É gente que não tem fé, não tem nenhum santo protetor. Aí, o diabo que o carregue.
Alguma sugestão?
São Jorge. Acaba com qualquer dragão. É bom de briga.
Se for por isso, escolho logo o Hércules, que nem precisa título de nobreza, tampouco enfeitar qualquer cavalo. Aliás, pela quantidade de adornos, deve ser no cavalo que se esconde o segredo da sua força. Se lhe abater uma pane, lá vamos nós.´
São Cristóvão, então. Ele próprio é um gigante. Carrega a gente no ombro, como uma manta.
Não troco meu barco.
Digo-lhe que é prudente manter um santo protetor. Tem santo pra tudo. Curam até dor de dente. Você aí, longe dos dentistas, poderia se ver em apuros.
Negativo. Nem os tenho mais, e sequer sinto falta. Meus peixinhos entram redondos.
Tem santo para proteger naufrágios, outros o rebanho, que voce deve conservar, pelo menos à distância.
Não tem algum padroeiro completo?
A Mãe de Deus! Tem mais poder que o próprio filho.
Mas o quê lhe pedir? Nada me tem faltado...
Qualquer coisa que por ventura venha. Ela te livra do mal, antecipadamente.
Óps! Lembrei de uma sogra!