segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Pedras preciosas

Reclamas do egoísmo, mas o praticas.
Não tiro nada de ninguém!
Tampouco colaboras com alguém.
Não vou satisfazer egoístas.
O raro não o percebes.
Permanecer vivo requer motivo.
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Morrer rima com sofrer. Não é razão para preferires a vida?
Vida e morte não nos compete agendar.
Folgo em saber; porém, apraz preservar o que damos valor.
Somos incapazes de enfrentar a natureza. Em tsunamis pouco adianta ser Nelson ou qualquer ALLmirante.
Esses fenômenos são de fato trágicos, mas ainda assim não são fortes para acabar com tudo. Sempre restam sobreviventes, às vezes criancinhas nos escombros. Tua sobrevida se deve a essas exceções, mas são milhares que necessitam de solidariedade.
Pelo menos me preservei, dando provas que dou valor à vida, sim senhor!
De nada adianta a bandeira se não tiver ninguém a vê-la.
Sidharta me ensinou pensar, jejuar, e esperar.
A esperança pode ser confortável, ou reconfortante, mas em demasia tende à letargia, e abandona a realidade.
Prefere o desespero?
Sugiro apear da dialética, fio perigoso, e desequilibrante.
Psicólogos e psiquiatras por ele dão espetáculo.
Não falo de atividades profissionais, mas ainda assim veja que nem teus colegas permanecem restritos: alguns esperam, outros se desesperam, como seres humanos que são, mas, vocacionados à solidariedade, abandonam o trilho platônico e vão aos campos plantar.
Há muita gente perdida, por aí?
Não viu na TV?
Quanto ao que vi, nada posso fazer. São questões sociológicas. Psicólogos tratam de individualidades.
Uma avalanche se inicia com movimento de apenas uma pedra.
A mim jogaram um monte!
Escolha alguma. Não a devolva, porque incidirá na dialética. Tire-a do curso. Começe um colar, um dique, afie uma faca. Condecore aliada. Faça seu talismã. Ela agradecerá por ser útil, e atrairá a boa sorte, no vento tão aguardado.

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