domingo, 11 de abril de 2010

Plácido


Por que na ponta dos pés?
O que espreita, por cima do muro?
Não levante o calcanhar do res:
em falso fica, no duro!

Tampouco saia correndo adiante.
Maior bobagem é ter pressa.
Não vai longe, meu caro infante:
A pressa traz a morte depressa.

E páre de tentar brilhar.
Isso queima o carisma,
turva o sereno olhar.
Perca de vez esta cisma.

Não defina a si mesmo.
A ignorância projeta a fronteira.
Uma vida jogada à esmo
é viver dessa maneira.

Seja como o mar,
revolto, mas sempre mar.
O que lhe faz diferente?
A capacidade de assimilar.

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