quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Vôo

Naquela estranha primavera,
as folhas jaziam no chão.
Esperavam nossa passagem,
e se foram com o vento, em vão.

Paredes brancas refletiam, parcamente,
no tom que ficou o menino,
o sol opaco para gente,
e um sol menor vindo do sino.

Ninguém entendia nada,
mas também não se falavam.
olhos aos céus fitavam
o movimento do nada.

Tênuee nuvem respeitosa
veio apresentar suas condolências.
Punha-se caridosa
dona de dor intensa.

Bem queríamos aquela carona
que nos levasse a acompanhá-lo,
assim nos erguendo da lona,
pela garupa do bom cavalo.

Nenhum comentário: