"O maior tormento de quem dá e recebe presentes após o Natal é possibilidade de ter trocar o que ganhou. E não se trata de preguiça: dá trabalho ir à loja, enfrentar novas filas e má vontade de balconistas. É nessa hora que o consumidor deve ficar atento para não ser prejudicado. Sabendo dos seus direitos, é possível se prevenir e se defender das surpresas desagradáveis."Nos inícios de semana as lojas procedem mil trocas. O Natal tarda, mas temos aniversários, casamentos, e outras datas importantes que lhe precedem, de modo que suponho oportuna a abordagem, ainda que tomada heurística.
Ah, esses colegas platônicos, pessoas jurídicas, enxergam tudo pelo crivo maniqueísta da mecânica balança.
Trocar o presente recebido anula toda a graça. Ocorre que qualquer dádiva, ou recuerdo, por menor ou maior que seja, tem sua valia não por sua utilidade, mas pela energia contida, os votos de felicidades, a própria declaração de amor embutida nos átomos que o compõe, e o mérito de quem o recebe. Caso trocado o mimo, seja lá por qual razão, lá se vai seu maior valor, que é perene, assim desprezado por mera circunstância, esta totalmente restrita á matéria, que é finita.
Todo presente é um talismã, por isso multiplicador de ventura. Eis seu maior valor. Não precisa nem usá-lo, nem fazer nada com ele. Basta, apenas conservá-lo, em algum lugar. E, se não encontrar um apropriado, guarde-o no coração, como lembrança, tal qual o recebeu. Como um cometa, o original lega o rastro de brilho e satisfação; mas não se voltar à vitrine, e muito menos o outro, sacado por aparentemente mais útil, nada além de simplório pragmatismo.
Um comentário:
Olá!
Um presente que se recebe deve ter um valor muito maior do que o valor intrínseco do objeto recebido. Entretanto, é conveniente que esse objeto tenha alguma utitilidade para quem recebe além de servir de recordação, então, se não serve para o uso da pessoa recebedora do presente é importante que se realize a troca.
Abraços
Francisco Castro
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