terça-feira, 28 de julho de 2009

Entre o poder e o usufruto


Quando acordou, viu-se na Terra.
Cada qual, com seu signo!
Terráqueos amam a guerra,
por nada que seja digno.

A corrida por troféu
leva todos inconscientes.
Lá se vai o incauto ao léo,
no véu dos inconsequentes.

Levado no denso roldão
submerso na insensatez,
fez-se campeão em vão:
no invés, nada lhe satisfez.


Nem conquistas nem prêmios mil
valem a vida que tem.
Tudo efêmero neste rio.
Glória vem, e some também.

Vitória requer derrotado.
Poder se reveste de luto.
O melhor é ser amado.
O amor é usufruto.

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