sábado, 18 de julho de 2009

Complementos


A vida é dinâmica, por isso fluída, mas raro compreende.
Veja bem: quando você está feliz, bloqueia a felicidade, pois deseja a eternidade para esse momento. Torna-se rígida, com medo de que o prazer acabe. Quando está infeliz, julga que o sofrimento não terá fim, mergulha na sombra, e assim amplia sua dor. Não dá. Como as ondas do mar, é tão certa a subida quanto a descida. Cada momento tem sua beleza. No prazer nós nos expandimos e na dor nos contraímos. Um movimento complementa o outro. Não há onda sem a antecedência do repuxo. Saber apreciar a alegria e a dor constitui a base da felicidade. Você não pode ser feliz somente quando tem prazer, pois perderá o maior aprendizado da existência. Você deve descobrir um jeito de ser feliz na experiência dolorida porque ela carrega a oportunidade de desenvolvimento.

Não desfrute somente o sol, aprecie também a lua, e mesmo a escuridão. Não desfrute somente a calmaria, aproveite a tempestade. Tudo isso enriquece a existência. A vida não acontece somente dentro de uma casa, de uma cidade, de um país: ela tem de ser experimentada dentro do universo. A felicidade é um jeito de viver, é uma conduta, é uma maneira de estar agradecido ao sol, à lua, a quem lhe estende a mão e também a quem o abandona, pois certamente nesse abandono está a possibilidade de você descobrir a força que existe em seu interior. A felicidade não é o que as pessoas têm, mas o que elas fazem com isso. Por esse motivo há pessoas que, apesar de ter bens materiais, de ser bem relacionadas, com filhos saudáveis, ainda assim se sentem angustiadas e deprimidas. Deu pra entender?
Vá lá. Isso é tudo meio lugar-comum, mas aceito como lembrança.


Nenhum comentário: