quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pilantra na linha



Sim, eu vi de novo
os olhos daquela coruja,

na cara amarela, de ovo,

com desavisada maruja.

.
.
De amarela virou cera

a cara dura do patife.
O japones, de ribanceira,
se servia de seu bife.

Logo notei sua bochecha
trocava a cor aquela plasta.
a todo instante uma deixa
de covardia que se alastra.

A face amarela e branca
tomou nova tonalidade.
Perdeu toda sua banca,
ao se dar conta da enormidade.

Resplandeceu aquele vermelho
bem próprio de envergonhado.
Bem vestido tal fedelho,
embora tivesse ao meu lado,
fingia que nada tinha,
exceto o fedor do bife,
misturado com a crendice
que podia passar em branco
tão sórdida vigarice.

Ô canalha: não ando de tamanco!
Verei tua lagoa secar.
Jacaré: não terás como escapar.
.


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