segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cavalo encilhado


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Pela promessa dei meu boi em sacrifício
Nada adiantou, queimar carne foi em vão.
Ora me vou, de novo, ao precipício.
Já estou cheio de só lamber sabão.

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Foi muito burro em torrar tudo que tinha.

Ninguém pediu qualquer fogo ou fumaça.
Mas não precisa também ir a própria linha.
Tudo que vem, é certo que se passa.

Que faço eu a mirar tanto horizonte
Se nada posso, não tenho asas pra voar
Me resta o chão, bem abaixo desse monte
reminescências que não me vão impulsionar.

Mas para tanto não precisa de impulsão.
Se tens de sobra, não apontes para o chão.
O teu nariz pode estar mais elevado,
deixa de pranto, faz do futuro teu aliado.

Pois muito bem, lhe recebo com abraço
O que acontece, a mais do que não faço?
É todo dia que ele chega sorratairo,
E nada faz, e se passa o dia inteiro.

Eu nunca vi jockey tão mal preparado
Não é o cavalo que irá acontecer
Ele só passa pra te ver nele montado,
Cabe a ti conduzi-lo pra valer.
Se boi à toa, em malgrado sacrifício,
Pare o rodeio e construa outro edifício.

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