Neste dia de finados,
lembramos de quem já não vemos.
Não são poucos os amados,
que todos nós bendizemos.
Pais, avós, tias, primos e amigos.
Não se ouve mais as vozes,
nem mesmo naqueles abrigos.
Mas tem uma especial
que partiu antes do tempo.
Desferiu golpe mortal.
A melancólica colina
cada vez aumenta mais.
E subir o morro à cima,
onde supõe-se que jaz,
equivale a ir na estação,
de onde partiu o rapaz.
Lá no alto, perto do céu,
mora o garoto, que aqui faz falta.
Ora ficamos ao léo,
na saudade daquele peralta.
Não se pode compreender.
Impossível entender o corte
que premia a vida com a morte.
Lágrimas correm na face.
Lubrificam a aspereza
do corpo, da pele em face
de sua falta em nossa mesa.
Finados e Religião
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