
de revesgueio, no meio das lambanças.
Por trás do vidro resplandece o sorriso,
mas só a imagem; já não ouço nem um guizo.
Inda parado, incrédulo na morte.
Isso muito me entristece.
Se cogitasse haver essa má-sorte,
Esqueceria o que por ventura tivesse.
Mas amarga poder enxergar.
Ver, por trás de um transparente,
mas não poder amar,
por inacessível à gente.
Pobre menino na vitrine,
mira o brinquedo, a interação.
Pobre casa feita de vime,
o que chama é furacão.
Cadê o sorriso, a ilusão?
Cadê o motivo da paixão?
Se para ir, porque que veio?
Nada ficou no entremeio?
Se para ação, porque parou?
Se para mais, porque tão menos?
Se para ter, porque levou?
Traga de volta, quem sabe é tempo.
Tudo flui de modo lento.
Por certo é melhor que somemos,
Em vez de sós, e sem intento.
Quem sabe o Dia dos Farrapos?
Ôigale data apropriada!
Que ecoe nosso brado retumbante!
Que se faça, de novo, o levante!
Juntar os trapos, de volta à vida afiada!
Nada disso pode ser conversa-fiada.
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