sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ponto e letras

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Que faz aí nessa ampla negritude?
Por qual motivo preferiu isolamento?
Por que não dança no compasso do Universo?
Não só naquele que compõe teu próprio verso?

Não faço nada nessa negra infinitude.
Mas é instante, quiçá um só momento.
Tão logo sirva pra compor uma ventura,
largo na hora desse oceano de amargura.

Pois então venha não espere um ataúde.
E seja rápido, mais ligeiro que o vento!
O nosso grupo te requer na boa mesa.
E chegues logo, não queremos sobremesa.

Que farei eu que não seja tão amiúde?
Porque não posso chegar de modo lento?
Estou cansado de tantas ilusões,
Não quero acelerar, de novo, só emoções.

Fique tranquilo, o que temos não te ilude.
Só precisamos contar com complemento.
Vem para cá e forneça teu sentido,
pra todas nós, às soltas, sem destino.

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