segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A marcha do tempo

O que há? Pra quê tanta agonia?
O tempo urge!
Calma. Que tal distingui-lo de outro modo?
A consciência da dimensão do EspaçoTempo no qual estamos expostos, ou virtualmente envoltos fica dificultada mercê da tradição que nos impõe a ciência como suprema e o relógio como padrão, e em escala maior, da contagem dos giros da Terra através do perímetro solar. O parâmetro nos induz a mentalizar o tempo como uniforme, em rotação regular, como se a vida fosse uma roda-gigante, no qual nosso ticket daria ensejo a sei lá quantas voltas. Neste caso, a paisagem deveria ser a mesma; portanto, o desenrolar seria totalmente previsível, em progressão ascendente, até um ponto, e descendente a partir do meio, quando então nos preparamos ao desembarque.
Tal simplificação é mais antiga que o rascunho da Bíblia. Encontra-se lavrada no Timeu, de Platão, e foi resgatada, ou confirmada, a partir das constatações de Copérnico, Galileu, Bacon, Kepler e Ticho Brahe.
O pacto com o diabo
O exemplo mais clássico do grande equívoco, desde a Tradição, adveio na faina da previsão:

Como escapulir da maquiavélica armadilha? De que modo podemos ter consciência do EspaçoTempo, e não apenas do decurso do tempo?
Bem, teremos que estar sempre vigilantes, porque vivemos à borda do buraco-negro da presunção. Mas vale à pena, porque fora dele se descortina um magestoso Universo, repleto de energia e informação, procedentes de incontáveis quadrantes.

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