
As flores que recebi...
Ué, não gostou de acordar com perfume?
Flores celebram a vida, mas também as vemos em velórios e túmulos.
Mas até nisso lembrou da morte?
Pelo contrário, me reanimou.
O que quer mais? Elas murcharam?
Infelizmente não creio que algo morra.
O EspaçoTempo não conhece fronteiras.
Não estou entendendo.
Quero dizer que se houvesse possibilidade de morte talvez eu já tivesse optado.
Ufa, suas palavras me aliviam. Cada vez que lhe vejo mareado tenho calafrios. Encarei o desafio de lhe mostrar as cores que a vida proporciona, mas você só via o negro...
Quem me mandou quer que ela exista.
De novo fiquei confuso.
Mandou-me como homenagem post-mortem.
Endereço errado, então.
Certeiro. Tiro dado, urubú deitado.
???
Alvejou-me, não entende?
Mas você está aí, choramingando, quase-morto, mas não.
Vai ver é a flecha-do-cupido!
Para a emissária eu tinha que morrer.
Veio o golpe de misericórdia, a flecha-do-sofrido.
Mas quem é ela, afinal?
Quem pode ter bôca de mel, cabelos de mel, olhos de mel, e ser tão doce quanto o mel?
???
A abelha-rainha!
Um comentário:
já li julho e um pedacinho de agosto.
;)
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